SOPAS FRIAS PARA DIAS QUENTES
"(...) vai daí que não há melhor lugar para se exercer a abertura para o inesperado do que nas sopas." — Nina Horta
Há quem diga que a felicidade é um prato de sopa quente num dia frio. Por aqui, acho que está mais para um prato de sopa fria num dia quente. Isso porque, depois de um inverno bem meia boca, parece que a primavera também passará batida para vivermos um longo e intenso verão.
Com isso, o apetite fica só desejando coisas leves e geladinhas, não é mesmo? Uma ótima época para apostar em legumes, saladas e... sopas frias. Num país tão tropical quanto o nosso, acho estranho não sermos adeptos dessa prática. Para algumas pessoas pode até ser estranho num primeiro momento, mas é como o café gelado – só uma questão de costume. Eu, por aqui, tenho tentado inserir as versões frias de vez no cardápio de casa.
As receitas desta news são todas vegetarianas e podem ser servidas como entrada ou como prato principal – que é como eu costumo servir nos jantares de dias de semana. Atenção apenas às quantidades caso sirva como prato principal! Aqui em casa, o que é entrada para quatro pessoas vira jantar para apenas duas.
Ah, alguns assinantes receberam um email com uma pesquisa na última semana. Um superobrigada aos que responderam. Estou reformulando o site e preparando algumas novidades para vocês!
E por último, mas não menos importante: feliz Dia do Professor para aqueles que seguem firmes e fortes, mesmo durante a pandemia, na linda missão de educar! Devemos a vocês boa parte do que somos.
Até a próxima news,
Lena
COMO ENTRADA OU PRATO PRINCIPAL
GAZPACHO
Gazpacho está na minha lista de comidas favoritas, pois junta coisas que eu amo: tomate, alho e vinagre. Esta aqui é uma receita clássica, mas com uma pequena variação: foi feita com tomates e pimentão amarelos em vez dos vermelhos. Parece que se está comendo o pôr do sol às colheradas… Mas, caso não encontre os itens amarelos, é totalmente possível fazer com os vermelhos.
VEJA A RECEITA COMPLETA AQUI.
SOPA DE GRÃO-DE-BICO
Adorei esta receita do Mark Bittman, jornalista gastronômico e autor de diversos livros, porque parece que ele encontrou uma forma de bebermos homus! E ele, ainda por cima, complementou a sopa com a tradicional salada árabe de pepino com tomate, que agrega uma textura crocante. Um pão árabe vai bem como acompanhamento.
VICHYSSOISE
Esta receita, que se pronuncia vixisôaz, está mais para um creme do que para uma sopa. Ele foi criado para ser servido frio, mas também é comumente servido quente. De sabor delicado, fica perfeito quando finalizado com algumas gotinhas de limão (pensando bem, o que não fica?).
PARA LER | NÃO É SOPA!
Este livro da foto não tem nada de novo: foi escrito por Nina Horta e publicado originalmente em 1994 pela Companhia das Letras. A novidade fica por conta da reedição deste que já se tornou um clássico da nossa literatura gastronômica, com uma coletânea de crônicas escritas para o jornal Folha de S.Paulo ao longo de mais de uma década. Com o poder de transformar o ordinário em algo especial, de criar gostos por meio das palavras e de dizer muito em poucos parágrafos, Nina é para ser lida e relida ao longo dos anos.
Custa R$ 89, na versão impressa, ou R$ 39, na digital, ambas disponíveis no site da editora. Mas, com o cupom NINAHORTA30, vocês têm direito a 30% de desconto nesse e no seu segundo título, O frango ensopado da minha mãe! É válido para uma compra por CPF até o dia 31 de outubro às 23h. COMPRE AQUI.
PARA SALGAR | SAL MALDON
Difícil falar sobre cozinhar sem falar sobre sal, uma vez que ele é responsável por acentuar os sabores das comidas. Aprendi com o maravilhoso Sal, gordura, ácido e calor, de Samin Nosrat, que nem todos os tipos de sal são iguais; por isso, não devem ser usados da mesma maneira – eles variam em formato, textura e concentração. A dica de hoje é o Maldon, sal produzido artesanalmente na Inglaterra que tem um formato natural de pirâmide. Ele é especial justamente por seu formato e sua textura, e é ideal para finalizar saladas e até preparos doces, como uma torta de caramelo ou mesmo um cookie de chocolate. Usá-lo para salgar a água do macarrão, por exemplo, seria um grande desperdício. Pode ser adquirido em alguns supermercados ou em diversos sites – basta fazer uma busca rápida na internet.
PARA ASSISTIR | LIVE SOBRE LIVROS GASTRONÔMICOS
No dia 30 de setembro, tive o prazer de bater um papo sobre livros gastronômicos com LUIZA FECAROTTA, crítica e curadora gastronômica e pesquisadora da cozinha brasileira! Falamos, sobretudo, sobre os livros de crônicas. Nos demoramos um bocado em Nina Horta, maravilhosa, mas também falamos sobre Isabel Allende, M.F.K. Fisher, Ruth Reichl e Jeffrey Steingarten, entre outros. A live ficou salva no MEU IGTV para quem quiser assistir!
PARA APOIAR | GENTE É PRA BRILHAR, NÃO PRA MORRER DE FOME
Se há alguns anos pudemos comemorar que o Brasil havia, finalmente, saído do Mapa da Fome (FAO-ONU), hoje assistimos a sua volta à lista acompanhada pelo desmonte de uma série de políticas públicas de promoção da soberania alimentar pelo governo Bolsonaro, pelo aumento do número de pessoas em situação de fome na pandemia e pelos recentes ataques do Ministério da Agricultura ao Guia Alimentar para a População Brasileira.
Assim, o Coletivo Banquetaço deu início a uma coalizão que pretende realizar uma campanha nacional e permanente para erradicação da fome, pautando debates e políticas públicas. Fazem parte dessa grande aliança para a renovação do enfrentamento da fome no país organizações como Greenpeace Brasil, Slow Food Brasil, Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade), Gastromotiva, Agência Solano Trindade e MST, entre outros. Além de uma campanha informativa, o projeto promove uma programação online que conta com nomes de peso como Helena Rizzo, Paola Carosella, Bela Gil, Neide Rigo e Bel Coelho, entre outros.
Se você também acredita que comer é um direito, acompanhe pelo INSTAGRAM, assine a carta do projeto e ajude a dar mais visibilidade à causa!
A programação completa está disponível no site oficial da campanha:
HTTPS://GENTEPRABRILHAR.ORG/